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Alma de Atleta

Nestes tempos de Olimpíadas Rio 2016, minha alma vibrou, se emocionou e também relembrou dias em que eu não fui apenas torcedora. Isso mesmo, por mais incrível que pareça, eu já fui atleta. Não fui recordista, medalhista, nem participei de olimpíadas, mas, desfrutei da experiência, da alegria e do sabor que o esporte traz para nossas vidas.

Acredite, eu já venci na corrida de 100 e 400 metros e fui uma ótima jogadora de basquete. 

Foi lá nos anos 70, como estudante do CENE, a Escola Pública Estadual Diva Figueiredo da Silveira de Paraguaçu Paulista (SP), onde tudo começou. Foi nas aulas de educação física que a aptidão se despertou, quando ainda usava aquela tradicional sainha plissada com shorts vermelho. Desfilei várias vezes com o traje esportivo, inclusive com as varinhas de baliza no desfile cívico de sete de setembro.

Ali no CENE nasceu a paixão pelo basquetebol, onde fiz parte do time da escola como ala-pivô, tempo suficiente para participar de várias competições e somar algumas vitórias. Aliás, a escola, reconhecida como uma das melhores da cidade, sempre teve tradição no basquete.

Também fui vitoriosa, uma vez, 1º lugar na corrida de 100 metros nas provas de atletismo que a escola organizava com incentivo do governo do estado. Pela minha participação, recebi o título de honra ao mérito emitido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. (Mãe, não achei este rs)

O segundo título na minha carreira de atleta estudantil é o de 2º lugar na corrida de 400 metros, desta vez na Escola Estadual Augusto Tortolero Araújo, onde conclui o segundo grau. Contudo, é bom lembrar que também fui privilegiada em concursos literários e que nos concursos de redação sempre me destaquei. Assim, gradativamente abandonei o exercício físico e me dediquei ao esforço mental (rs).

Ainda nesta época, jogava basquete com os amigos, arriscava passos de capoeira, brincava de queimada e bets na rua. Hoje, porém, quando vou ao médico e ele me pergunta se faço exercício físico, meu silêncio me denuncia e, logo vem outra pergunta: nem caminhada? Com certeza, não seria uma atleta profissional, não estaria em olimpíadas, mas, abandonar a atividade física foi um erro que agora preciso corrigir, principalmente pelo fato de já estar com problemas nas articulações.

Acho que todo mundo tem um atleta dentro de si. Talvez você tenha uma história melhor do que esta, recheada de medalhas. Mas, fica o alerta para não envelhecer sem se mexer. Vale torcer nas olimpíadas e correr de vez em quando também. Go!

Mônica Carvalho Costa – jornalista, profissional da área de comunicação e líder cristã.

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