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Dia da Mídia Social. O que temos para celebrar?

Logo pela manhã, abri o aplicativo de mensagens e lá estava o recadinho da Nanami dizendo “nasceu meu netinho!”. Não consegui esperar, entrei no seu perfil na rede social para me atualizar de suas últimas publicações, pensando “teria algo que perdi”. Vi a foto mais recente do seu netinho e gravei um áudio parabenizando. Agora não dá para fazer uma “live” com ela devido ao fuso horário no Japão, mas, uma “direct” cheia de coraçõeszinhos vai representar bem o que senti. 

Essa situação do cotidiano mostra o quanto estamos envolvidos com a tecnologia e suas diversas mídias. Para quem nasceu antes delas, sem dúvida presenciou uma grande revolução. Em 30 de junho é celebrado o Dia da Mídia Social (ou Social Media Day). Mas, o que temos para celebrar?

A mídia social revolucionou e impactou o nosso planeta; diminuiu distâncias físicas e sociais. O mundo ficou online, a notícia instantânea, o marketing digital, e ao toque de um clique pessoas de todos os lugares se conectam. Todos ganharam voz e espaço para compartilhar ideias, experiências e conhecimentos.

Mudou a nossa maneira de se comunicar, de se relacionar, de se divertir e até de comprar. Tivemos que aprender novas palavras (idioma da web) e criamos outros sentidos para palavras antigas. Mas, nem tudo foram flores; o ciberespaço também disseminou fake News, permitiu discursos de ódio; impulsionou transtornos psicológicos e um consumismo alucinante.

Sendo assim, podemos celebrar, mas, devemos também repensar algumas coisas.

Mídia social ou rede social?

Embora muita gente use os termos “mídias sociais” e “redes sociais” como sinônimos, não são a mesma coisa. Redes sociais definem, em geral, as plataformas de relacionamento enquanto mídias sociais definem os canais de descentralização e veiculação de informações. É a produção e disseminação de conteúdo por meio das tecnologias digitais.

Em 30 de junho de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) marcou o Dia da Mídia Social celebrando a primeira rede social da história, o ClassMates.com que nasceu em 1995. No Brasil, a primeira rede social que “bombou” foi o Orkut, em 2004. Quem não se lembra dele? De lá para cá, já passamos por dezenas de plataformas, como Facebook, Pinterest, Snapchat, Instagram etc. (algumas mais usadas outras menos), das quais, muitos de nós nesta nossa vida moderna, não se imagina sem.

Ferramenta ou arma?

Como bem sabemos, a mídia social (e a rede social) é mais uma daquelas coisas que pensamos para o bem, mas acabamos usando para o mal. Nesse mesmo ambiente encontramos amizade e ódio, poesia e guerra, informação e desinformação, mentiras escancaradas (ou nem tanto), conhecimento, educação, mas, também conteúdos impróprios e ilegais.

Então neste dia, proponho para nós cristãos, refletirmos sobre a possiblidade que temos de usarmos as mídias sociais como canais poderosos para disseminar mensagens positivas e inspiradoras, assim como a Bíblia nos exorta a compartilhar as Boas-novas do céu. Tornemos os espaços midiáticos em canais que alcancem propósitos alinhados com o Reino de Deus e promovam a comunhão saudável de pessoas com diferentes culturas, visões e crenças.

A Bíblia está repleta de ensinamentos edificantes que podem ser compartilhados e ampliados por meio da mídia social. Podemos nos conectar para oferecer encorajamento, orientação espiritual e compartilhar nossas experiências de vida. Criar conexões que disseminam o amor e a paz, que nutrem a fé e a esperança e que, principalmente minimizem o sofrimento das pessoas.

Encerro, deixando um versículo para meditação:
“Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem”. Efésios 4:29 NTLH

Mônica Carvalho Costa – jornalista, profissional da área de comunicação e líder cristã.
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