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Olimpíadas Rio 2016, não vamos esquecer

Estamos nos despedindo das Olimpíadas… 

Quantas cenas incríveis vão ficar na memória. Quantas emoções! Cada um de nós há de reservar em nossas gavetas de lembranças um espaço para as Olimpíadas Rio 2016. O que mais te marcou?

Além das medalhas, ficam alguns valores a serem lembrados: que é possível juntar os povos e conviver em paz; que na união e cooperação de todos podemos fazer algo grandioso (sem custar muito); que todos são capazes de encontrar a superação. 

Fica o exemplo daqueles que, humilhados na derrota passada, agora dão uma lição de humildade oferecendo a vitória ao Brasil. O mesmo Brasil que antes criticou, ofendeu nas redes sociais e que pouco apoiou na trajetória do atleta. Você nunca mereceu os xingamentos horríveis que lhe fizeram Rafaela Silva, mas, com certeza, pode se orgulhar da mulher que se tornou e agora, ainda mais brilhante com uma medalha de ouro no peito. 

Fica o exemplo dos simples, do esforço dos pobres que competiram de igual para igual com os fortes do primeiro mundo e venceram. Como o menino abandonado na infância, saltando para o céu (com recorde olímpico), para a medalha de ouro, Tiago Braz e, o canoísta Isaquias Queiroz, recordista de medalhas em uma edição olímpica.

Não podemos esquecer da alegria dos voluntários, da solidariedade que se presenciou nas ruas do Rio, e do prazer que foi torcer pelo esporte no Brasil. Todo tipo de esporte. De repente estávamos nós torcendo para o Hipismo, para a Canoagem de velocidade, Ciclismo mountain bike, Tiro com arco, Badminton… Onde houvesse um atleta brasileiro lá estava uma televisão ligada, uma torcida de plantão. Quem diria que até jogo de Pentatlo moderno e Hóquei sobre grama, meu filho e eu estaríamos interessados em ver?! Espero que o Brasil, todos nós, não esqueça de continuar torcendo para que nossos atletas vençam as dificuldades do cotidiano para treinar, para conseguir patrocínio, para permanecer firmes até a próxima Olimpíada. Não esqueça do exemplo de Rafaela e lute contra todo o preconceito. Não esqueça que assim como Tiago ainda há muitos meninos abandonados pelo país afora.

Ao fim da festa, que acabou em samba, também desejei que a mesma força e dedicação fosse empregada na cidade maravilhosa (mas, endividada) para que fosse melhor administrada, cuidada e mantida em segurança. Afinal também não podemos esquecer do soldado Hélio Andrade, atingido na cabeça quando prestava seus préstimos a Guarda Nacional durante o evento internacional. Sua família, com certeza, não vai esquecer.

 

Mônica Carvalho Costa – jornalista, profissional da área de comunicação e líder cristã.

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