-
Uma borboleta contra a vidraça
Lá estava eu, mais uma vez caminhando em passos lentos para um leito de hospital. Enfrentava a minha segunda gravidez de risco, por isso, o temor era grande. Mas, não era tudo! Eu estava no Japão! Do outro lado do mundo, o idioma era confuso, o tratamento estranho, a comida singular. Apesar disso, as médicas e enfermeiras tentavam fazer tudo parecer agradável para mim. Sorriam muito e até arriscavam dizer o meu nome. No entanto, a sensação de percorrer aqueles corredores era ainda mais assustadora do que na primeira vez no Brasil. O quarto ficava no final do corredor 2A, no segundo andar do prédio. Cortinas cor-de-rosa dividiam os aposentos…