Alimentos & Culinária

Redescobrindo o café

O café evoluiu e a cada dia ganha mais requinte e sabor

Quando criança aprendi a saborear chás, sucos e leite, mas, o café não me atraiu. Mais tarde comecei aceitar em nome da boa educação. Normalmente, isso acontecia quando eu visitava alguma empresa ou família que me recebia muito bem. E foi assim, até chegar ao Japão.

Foi na terra do sol nascente, onde o café é a bebida mais consumida depois do chá, que eu passei a apreciar de verdade. Os japoneses apreciam não apenas quente, como também gelado, ou em forma de doces, pudim, sorvete, bolos. Em todo lugar que se vá, lá está o café como ingrediente ou estrela do dia.

Pouco a pouco fui me rendendo aos encantos e ao sabor dessa bebida tão popular. Principalmente ao experimentar algumas misturas que levaram o pretinho a ficar ainda mais surpreendente. Quando vi, então, aquela maravilhosa espuma desenhada como arte… Aí me apaixonei. Muito além do tradicional café com leite, eu e meu esposo (amante do café muito antes de mim) encontramos cafeterias que oferecem o café regado com cremes, canela, mel, chocolate, marshmallow, e outras infinitas combinações.

Muitas vezes o cafezinho vinha acompanhado também dos amigos, dos jovens do Ministério Ágape. Podia ser o Georgia da maquininha, da 7 Eleven, da Starbucks ou a receita do cappuccino da Sayuri, todos eles conseguiam tirar de mim um longo suspiro. Especialmente, sabendo das muitas comprovações científicas do bem que o café faz a saúde. Possui vitamina B, antioxidantes naturais que previnem várias doenças, pode combater a depressão, estimular a concentração e memória.

Na China, fiquei encantada com as cafeterias que tomaram conta do bairro francês e a Starbucks (de novo) instalada num tradicional e preservado edifício chinês. Contudo, no Brasil, e até mesmo em Londrina (meu atual endereço) também é possível encontrar bons lugares para saborear um café gourmet. Você pode ter uma prazerosa experiência, por exemplo, no Original American Coffee (Bolos do Frei) na Gleba Palhano, com café coado, expresso, cappuccino e diversos bolos caseiros (sugiro o de limão siciliano).

Mas não é só o hábito da gente que mudou na hora de tomar café. Mudaram as cafeteiras. Da famosa cafeteira “Moka”, criada pelo italiano Alfonso Bialetti e que preserva o mesmo design desde 1933, até a Dolce Gusto da Nestlé com modelo arrojado, muita coisa evoluiu. Nestas cafeteiras mais modernas foram as cápsulas que mudaram o mundo do café.

A demanda cresceu tanto que a Nestlé resolveu montar uma fábrica própria em Minas Gerais para produzir as máquinas Dolce Gusto; e depois da queda da patente da fabricação da Nespresso há cerca de 2 anos, muitas marcas invadiram o mercado brasileiro. Em 2015, já eram mais de 70 marcas de cápsulas no mercado nacional, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).

Além da praticidade, são os sabores em cápsulas quem vem conquistando pessoas como eu que gostam de novidades. Forte, com leite, descafeinado, com caramelo, com cacau, etc. Em casa temos a Bialetti (relíquia dos anos 90), ganhamos uma cafeteira para expresso do meu irmão, tomamos café na igreja passado no coador, na casa da minha irmã Rose provamos as cápsulas mas, quer saber… para mim todas as maneiras de tomar café valem a pena.

Dica
Para leigos, como eu, que não sabem as artes barista (expert na preparação do café), mas, desejam surpreender com um desenho na espuma da sua bebida, os moldes existentes podem ser de grande ajuda. Para dar um toque a mais, arrancar sorrisos e quem sabe aplausos da família e amigos, use e abuse de moldes (como este da foto) para caprichar no visual do seu café. Eles podem ser facilmente encontrados nas lojas especializadas que oferecem tudo para o cafezinho do dia-a-dia.

 

Mônica Carvalho Costa – jornalista, profissional da área de comunicação e líder cristã.
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